2.5.05
Poesia, pra variar...
Do prazer dos homens casados
Bertold Brecth
Mulheres minhas, infiéis, adoro amá-las:
Vêem meu olho em sua pelve embutido
E têm de encobrir o ventre já enchido
(Como dá gozo assim observá-las).
Na boca ainda o sabor do outro homem
Ela é forçada a dar-me tesão viva
Com essa boca a rir para mim lasciva
Outro caralho ainda no frio abdômen!
Enquanto a contemplo, quieto e alheio
Do prato do seu gozo comendo os restos
Esgana no peito o sexo, com seus gestos
Ao escrever os versos, ainda eu estava cheio!
(O gozo ia eu pagar de forma extrema
Se as amantes lessem este poema.)
Bertold Brecth
Mulheres minhas, infiéis, adoro amá-las:
Vêem meu olho em sua pelve embutido
E têm de encobrir o ventre já enchido
(Como dá gozo assim observá-las).
Na boca ainda o sabor do outro homem
Ela é forçada a dar-me tesão viva
Com essa boca a rir para mim lasciva
Outro caralho ainda no frio abdômen!
Enquanto a contemplo, quieto e alheio
Do prato do seu gozo comendo os restos
Esgana no peito o sexo, com seus gestos
Ao escrever os versos, ainda eu estava cheio!
(O gozo ia eu pagar de forma extrema
Se as amantes lessem este poema.)