Coisas de Casal

Segunda-feira, ela acorda cedo: começa tudo de novo. Leva as crianças para a natação, passa no mercado, no banco e volta para pegar os meninos e levar direto para a escola. Ainda são 9 horas, mas a correria mal começou — ainda precisava passar em casa, deixar as compras, tomar um banho e se arrumar para ir para o trabalho; pega às 11 horas.

Chegando, vê a carteira do marido sobre a mesa da sala e pensa:

— Coitado, esqueceu! Pior é que está sem dinheiro e sem documentos!

Preocupada e zelosa, a esposa adia o que tem para fazer, ainda que perceba que isso pode atrasá-la, pois, muito provavelmente, terá de passar no trabalho dele para deixar a carteira. Ruma para o telefone, resignada, para ligar para o marido, no celular.

Ele atende. Com voz de sono. Ainda estava no quarto, DORMINDO!

— É, vamos dormir pq amanhã o galo canta cedo e quero aproveitar o dia.

— Galo? O negócio aqui é tão alto nível que quem deve cantar pra acordar a gente é o Pavarotti!

Capturado no Doce Mel. Com autorização.

Esta foi uma história que ouvi de terceiros. E veio com aquele comentário básico, quase uma ordem: "Bota no seu blog!". Então tá. Ruminei o post mais de uma semana, mas lá vai.

Um grupo de fanzocas balzaquianas ouvia, atentamente, o partidão contar suas peripécias da infância, passada no interior de Minas Gerais. Quando veio a bomba, na velocidade de um cometa, assim, bem "de repentemente":

- Vocês sabiam que minha "primeira namorada" foi uma galinha?!

Condoídas, embevecidas, quase hipnotizadas, as "...etes" nem perceberam o risinho cínico no cantinho da boca do pão-de-queijo. Pensavam, provavelmente, "ah! mas que sem-vergonha essa moça", quando ele revelou, sem dó nem piedade, carregando no sotaque (vai ver, a lembrança era boa demaisss):

- Min primêra isperênça sexual. Era garoto inda, curioso, lá em Barbacena... Erassim, ó: pegav perrnin esquerr cásin esquerr, a perrnin dirêta cáasin dirêta... e pimba na cloaca da galin! Umas morriam... difícil mess era isplicá pro pai comoqui as penosass morriam tudim...

O gaiato que reproduziu a história ainda teve o displante de explicar o inexplicável:

- Pra quem não sabe, a galinha aperta o piruzinho! Os meninos vão metendo e a bichinha, pra tentar fugir, fica apertando o negócio...

Parece piada, mas não é. Pelo menos foi o que o cara garantiu. Eles não se conheciam. Acabaram não se vendo mais. Literalmente (vai entender logo, logo). Ele conta que foi no casamento de um amigo da faculdade; ela, provavelmente, era amiga da noiva. Mas certeza não tem até hoje. E lá se foram vários anos...

A festa foi o máximo. Uísque e vinho à doidado. Resultado: todo errado, chamou a garota, mó final de festa, para terminar a noite com uma trepada:

— Vai ser inesquecível. Você nunca fez nada assim antes — prometeu.

A mulher, que também estava pra lá de Marrakesh, topou. No motel, no meio do rala e rola, completamente doido (beberam mais algumas pelo caminho), ele ouviu a garota, totalmente alucinada, pedir:

— Me bate, me bate, me bate...

Ele resistiu, mas ela insistia.

— Me bate, me bate, me bate...

Ele, apesar de completamente alcoolizado, continuava dizendo que não, que não batia em mulher. E a bêbada continuava pedindo me bate, me bate, me bate. Ele tentava raciocinar. Afinal, não tava tão bêbado assim ("eu lembro de tudo, pô!"). Foi aí que a louca começou a gritar a plenos pulmões.

— Me bate, me bate, me bate!

Sem pensar direito no que fazia, querendo dar fim ao escândalo, ele fechou a mão e mandou um socão na maluca, que desmaiou e acabou com a transa...

Existem casais que, de vez em quando, gostam de apimentar a relação. Seja com fantasias, óleos de massagem afrodisíacos, uma lingerie mais ousada e creme de chantilly (como relatou uma amiga da Débora); ou até com locais inusitados para o ato libidinoso.
Uma amiga contou a última de suas aventuras. Ela e seu companheiro de estripulias foram sacudir o esqueleto, em uma conhecida casa de shows, localizada próximo ao mar. Depois de algumas caipirinhas o casal animadíssimo driblou a segurança e foi até a área externa da festanças, onde encontraram uma árvore estratégicamente escondida, de frente para água e com céu estrelado.
Os amantes já incendiavam a árvore quando foram flagrados pelos passageiros de um barquinho que passava. Frente àquela cena, eles gritaram:

- Oooopaaaa!! Que delícia heim!!

Pensa que eles ficaram intimidados!? Que nada, o barquinho continuou e eles também! Ao final, depois de retocar a maquiagem e o visual, eles voltaram para pista de dança que bombava.

Pouco depois da lua-de-mel, o casal ainda naquele climinha apaixonado de início de vida a dois. Ela vai tomar um banho, enquanto o maridão fica na sala, lendo jornal. De repente, ouve-se um grito:

— Aaaaaaaiiiii!!!!

A esposa sai do banheiro enrolada numa toalha branquinha e chama o sujeito na sala:

— Fulano, tem uma barata no banheiro!!!!

Uma barata não pode ocupar o mesmo espaço físico que uma mulher, sob hipótese alguma. Todo homem deveria saber disso. Mas o "fulano", muuui calmamente, baixou um pedacinho do jornal e disse:

— Faz careta pra ela...

E eles já têm quase 40 anos de casados.

Essa ouvi hoje, de um amigo, falando sobre seus relacionamentos "oficiais":

- Minha vida sentimental pode ter nome de filme: "Quatro casamentos e um funeral".

Primavera, verão, outono, inverno. Ele dorme sem camisa, ela, de edredon.

Sexo não é nada fácil.

A gripe para a coitada, em compensação, é certa!

Segredinho revelado por uma colega que prefere manter o sigilo, mas não nega a utilidade pública: experimente, na hora do rala-e-rola, vendar os olhinhos do amado e cumprir com dedicação total um bola-gato com uma pedrinha de gelo (pequena, hein, meninas!) na boca.

Quando o coitado já estiver esperneando, jogue a pedrinha fora e beba bastante do chazinho (sabor de sua preferência; ela sugeriu não usar mentolados...) quentinho que deixará reservado na cabeceira da cama e volte ao trabalho.

É uma sensação diferente, que pode ser retribuída...

Depois da receitinha acima, um amigo contou uma experiência ruim que teve por causa dessas coisas de sexo-e-comida. Uma namorada, certa vez, sem perguntar nada pro cara, sacou de um daqueles vidros de chantilly em spray na hora agá.

Antes que ele pudesse atinar para o que acontecia, a moça já sacudia um troço em cada mão. Largou o bilau dele, deu uma sprayzada do creme branquinho na "perseguida" e mandou:

- Chupaê!

Ele, que não negava um pedido desses, mesmo sem nunca ter experimentado daquela forma, não se fez de rogado e meteu a cara (literalmente!).

- Fiquei dois dias enjoado. A sensação era de comer bacalhau com creme de chantilly...

Nem precisa dizer que não ligou no dia seguinte...

Todos querem guardar boas recordações do próprio casamento, certo!? Boa comida/bebida, todos os amigos e familiares presentes, aquela cena grotesca das solteironas se estapeando para pegar o buquê (ninguém merece!!).
Enfim, uma queridíssima amiga pensando desta forma, fez seus cálculos doidos a acabou de colocar aparelhos nos dentes. Isso mesmo!! "Quero estar com os dentes perfeitos nas fotos e na fita do casamento"- disse a futura noiva. Casamento este que será realizado no próximo ano, assim nós esperamos...
Felicidades amiga! Com ou sem dentes perfeitos!!

Lavar a cuequinha do maridão, depois que o digníssimo chega de viagem, em um vôo de duas horas e meia só de turbulência!!!

O casal discutia a saída de sexta à noite, após o trabalho, para dar aquela espairecida:

- Eu não quero ir de moto! Melhor irmos de táxi.

Presume-se que, do outro lado, a moça questionava o transporte que usariam. Provavelmente, falou sobre a segurança de usar um meio próprio.

- Mas eu vou beber! Sozinho, tudo bem. Mas não quero matar a mãe dos meus filhos...